Watchamn Nee
O propósito do incidente em Números
17 é o de resolver a rebelião do povo de Israel. No capítulo precedente rebelião
do povo de Israel. No capítulo precedente testemunhamos uma rebelião que
sobrepujou todas as outras; no capítulo seguinte, vemos como Deus
acabou com essa rebelião, ao libertar seu povo dessa atitude e de sua consequência,
a morte.Deus provou a Israel que a autoridade procedia dele e que ele tinha uma
base e uma razão para estabelecê-la. A pessoa à qual Deus garante autoridade
deve ter essa experiência básica. Caso contrário, não pode ser designada por
Deus. Vida ressurreta é base de autoridade Deus ordenou aos doze líderes das tribos que
pegassem doze varas, uma para cada chefe de família, e que as colocassem na tenda
do Encontro diante do testemunho. A vara do homem que Deus escolhesse brotaria.
A vara é um pedaço de madeira, um galho de árvore, cortado nas duas pontas. Não
tem folhas nem raízes. Já teve vida, mas agora está morta. Antes recebia seiva
da árvore, portanto tinha capacidade de brotar e dar frutos, mas não passava de
madeira morta. Nenhuma das doze varas tinha folhas nem raízes, todas estavam
mortas e secas. Mas Deus disse que, se uma brotasse, essa seria a vara daquele
que ele escolhera. Isso dá uma ideia de que a resurreição é a base para a eleição
como também para a autoridade. No capítulo
16, o povo rebela-se contra a autoridade
designada por Deus; no capítulo 17 Deus confirma a autoridade que escolheu. Deus
determinou que a ressurreição era a base para a autoridade, acabando assim com
a murmuração do povo. O povo não tinha o direito de pedir explicações a Deus,
mas, apesar disso, Deus condescendeu em informar qual era sua base para o estabelecimento
de autoridade. A base era a ressurreição, uma coisa contra a qual o povo de
Israel não podia argumentar. Naturalmente, Arão e os israelitas descendiam de
Adão.
Todos, em sua vida natural, eram filhos da
ira; não havia diferença entre eles. Aquelas doze varas eram todas iguais,
todas sem folhas nem raízes, mortas, sem vida. A base do ministério está na
recepção da vida ressurreta à parte da vida natural. E isso constitui
autoridade. A autoridade depende não da pessoa, mas da ressurreição. Arão não
era diferente dos outros, exceto que Deus o escolhera e dera-lhe a vida
ressurreta. O brotar da vara seca mantém
os homens humildes É Deus quem faz a vara brotar. É Ele quem coloca o
poder da vida em uma vara morta e seca. A vara que brota torna humilde seu dono e aquieta as murmurações dos
donos das outras. A vara é seca, morta e sem esperanças, como a de Arão, mas,
se ela brotar e produzir flores e frutos no dia seguinte devemos chorar diante
de Deus dizendo: “Isso é coisa tua. Não tem nada a ver comigo. A glória é do
Senhor, não minha!” Naturalmente, devemos humilhar-nos diante
de Deus, pois isso verdadeiramente é tesouro em vasos terrenos, uma demonstração
de que o poder transcendente pertence a Deus, e não a nós. Só os tolos ficam orgulhosos.
Os que são favorecidos se prostram diante de Deus, dizendo: “Isso foi feito por
Deus. Não há nada de que o homem possa se gloriar. Tudo vem da misericórdia de
Deus, não dos esforços humanos. O que há que não tenha sido recebido, uma vez que
tudo é escolha de Deus?”
(... continua)
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