02/11/2014

A RESSURREIÇÃO É A REGRA PERMANENTE PARA O CULTO

Watchamn Nee

 Leia Números 17.1-11


       Deus devolveu todas as varas a seus respectivos donos, exceto a de Arão, pois brotara. Ela tinha de permanecer na arca como lembrete eterno. Isso sugere que a ressurreição é a regra permanente para o culto. Se o cultuar não passar da morte para a ressurreição, não será aceito por Deus. O que ressuscita é de Deus, não de nós mesmos. Quem se julga louvável não sabe o que a ressurreição representa. Os que conhecem a ressurreição já se desiludiram consigo mesmos. Enquanto houver poder natural, o poder da ressurreição fica obscurecido. Não é na criação que o poder de Deus se manifesta de maneira mais poderosa, e sim na ressurreição. Tudo que o homem é capaz de fazer não se compara à ressurreição. Devemos chegar ao ponto de nos considerar como nada, como cães mortos. Devemos humilhar-nos a ponto de poder dizer a Deus: “Haja o que houver, foi dado por ti. Tudo que foi feito, veio de ti. De agora em diante, não vou me enganar mais a respeito disso, pois estou totalmente persuadido de que de mim só vem o que está morto, e de ti, tudo o que é vivo.” Temos, portanto, de tomar consciência dessa diferença. O Senhor jamais entende mal, mas nós, geralmente interpretamos errado. Era absolutamente impossível para Sara pensar que Isaque nascera por esforço dela. Deus deve nos levar ao ponto em que jamais interpretemos equivocadamente a ação dele. A autoridade vem de Deus, não de nós mesmos. Somos apenas mordomos de sua autoridade. Essa percepção capacita-nos a receber autoridade delegada. Sempre que tentamos exercer a autoridade como se fosse nossa, somos imediatamente despojados dela. A vara seca só pode produzir morte. Onde houver ressurreição, há autoridade, porque a autoridade repousa na ressurreição, não é coisa natural. Levando-se em conta que . aquilo que temos é natural, não temos autoridade, a não ser no  Senhor.
       O que Paulo diz em 2 Coríntios 4.7 harmoniza com a interpretação acima. Ele compara-se a um vaso terreno, e o tesouro, ao poder da ressurreição. Ele percebe muito bem que é meramente um vaso de barro, mas que o tesouro que há nele possui poder transcendente. Quanto a ele mesmo, é afligido de todas as maneiras, mas, por meio do tesouro, não é esmagado. De um lado, há morte, mas, ao mesmo tempo, manifestação de vida. O apóstolo sempre se entregou à morte, mas, ao mesmo tempo, manifestava a vida. Onde a morte opera, manifesta-se a vida. Descobrimos o cerne do ministério de Paulo em 2 Coríntios 4 e 5. E a regra de seu ministério é a morte e a ressurreição. O que há em nós é morte, o que há no Senhor é ressurreição. Não nos enganemos! A autoridade vem de Deus. Cada um de nós deve entender claramente que toda autoridade pertence ao Senhor. Nós meramente mantemos a autoridade do Senhor sobre a terra, mas nós mesmos não somos autoridade. Quando dependemos do Senhor, temos autoridade. Mas, logo que um pouco do natural se intromete, ficamos como os outros – sem autoridade. Tudo o que é da ressurreição tem autoridade. A autoridade vem da ressurreição, e não de nós mesmos. Isso é mais que simplesmente depositar a vara diante de Deus, pois essa é a vara da ressurreição, que permanece na presença de Deus. Ser autoridade delegada por Deus não é simplesmente manifestar um pouco de ressurreição, mas é ter a vara brotando, florindo e produzindo frutos, transformando-se, assim, em vida ressurreta e amadurecida.



O Pr. Watchamn Nee foi preso em Xangai (China) em 1952, e sua perseverança na fé durante os vinte anos de prisão incentivou a igreja de seu tempo e continua a inspirar cristãos hoje.

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